segunda-feira, 1 de março de 2010

CIÊNCIAS DA RELIGIÃO



“A ciência sem religião é aleijada, a religião, sem a ciência, é cega”. (Albert Einstein)

“Quem elimina a religião elimina a todo e qualquer fundamento da sociedade humana” (Platão)

Ingenuamente, alguns estudantes de Introdução à Filosofia falam de
Descartes como um pensador ateu, quando se restringem à declaração
fundamentalista do “penso, logo, existo” sem ter conhecimento
do encadeamento lógico do seu pensamento, assim como é costume,
no senso comum, fazer-se uma associação entre filosofia e ateísmo ou,
num sentido inverso, estabelecer uma incompatibilidade entre Filosofiae Teologia, Ciência e Religião e Fé e Razão. Por isso, dissipando essas
ingenuidades, o blog quer revelar que a obra cartesiana traz
o conceito de natureza misturado aos conceitos de Deus e de Homem.
Pois, ao buscar as idéias claras e distintas, ele deseja captar as verdades
eternas do Ser, que implica o projeto de pensar Deus, a Natureza
e o Homem.
René Descartes
é o criador do conhecimento fragmentado. Mas como pode ser inferido,
de forma geral, tal pensamento, se o Filósofo visava a abarcar
tudo o que a res cogitans pudesse intuir e chegar às idéias claras e
distintas a partir da percepção das verdades eternas na res extensa? É
certo que a única substância privada, não extensa e indivisível, é o
pensamento, e, se este incide sobre a matéria, que é pública, extensa e
divisível, ele pode fragmentar, analisar, enumerar e sintetizar toda sorte
de corpo a fim de ter a compreensão de sua natureza. Esse método
analítico usado por Descartes fora herdado dos filósofos geômetras
gregos e visa, preferencialmente, a ser o caminho perfeito para a pesquisa
científica – a sua física filosófico-teológico-experimental demonstra
ser o elemento fundamental do seu sistema. Por isso, a resposta à
pergunta consiste na existência da res infinita. Pois o Deus cartesiano
é o postulado para a unificação do saber humano.

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